Tópicos contidos neste resumo:
1. Notícias de Alvorada
De: Pr. Mauro Jaques
2. 2ª parte Olhando Para o Meio Fio
De: Regina Lopes
Mensagens
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1. Notícias de Alvorada
Enviado por: "Pr. Mauro Jaques" pastormauro@globo.com redempi
Data: Ter, 6 de Jul de 2010 9:41 pm
Queridos amigos, publiquei um artigo e algumas fotos em meu blog referente
ao batismo que realizamos no último domingo em nossa Igreja. Acesso o link
abaixo para visualizar.
http://prmauro.blogspot.com/2010/07/o-templo-de-nossa-igreja-se-tornou.html
Deus abençoe a todos!
Pr. Mauro Jaques
PIB de Alvorada/RS
Mensagens neste tópico (1)
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2. 2ª parte Olhando Para o Meio Fio
Enviado por: "Regina Lopes" regina_braz2003@yahoo.com.br regina_braz2003
Data: Ter, 6 de Jul de 2010 9:42 pm
Olhando Para o Meio Fio
2ª parte
“Enquanto Ele estava falando, um dos fariseus pediu que fosse
à sua casa para uma refeição. Quando Jesus chegou, tomou lugar para comer, sem
realizar a cerimônia de lavar-se, segundo o costume judaico. O dono da casa
estranhou muito isso. Então o Senhor Jesus disse: “Vocês fariseus, lavam o
exterior, porém por dentro ainda continuam sujos â€" cheios de ganância e
maldade! Que tolos! Deus não fez o interior e também o exterior? A pureza é
melhor demonstrada pela generosidade! Porém, aí de vocês, fariseus! Pois embora
sejam cuidadosos em dar o dízimo até da menor parte do seu ganho, esquecem
completamente a justiça e o amor de Deus. Vocês deveriam dar o dízimo, sim, mas
não deixar de fazer estas outras coisasâ€. Lc 11.39-42
Defensores do livre mercado como regulador das relações
humanas em todos os setores da vida, dizem que o estágio de pobreza, só existe
porque há a miragem da justiça social. A mística fundamental é a da
competência, da competitividade, do arrojo, da satisfação dos desejos. Se o
Evangelho diz que os últimos serão os primeiros, estes dizem que os últimos
serão os últimos e os primeiros serão os primeiros.
Eles dizem: “Qualquer tipo de ajuda nada mais faz do que
atrasar a verdadeira mudança que será realizada pelo livre mercado. A
misericórdia serve para acomodar as pessoas em sua situaçãoâ€.
A mística cruel consiste em deixar as pessoas sozinhas no
meio do mercado para que possam adquirir competência para concorrer e competir.
É mística porque não deixa sucumbir à tentação de abandonar o caminho da competição
e curvarem-se diante dos mais fracos. É cruel porque coloca sacrifícios sobre a
população em vista da criação do paraíso que a economia de mercado promete aos
que lhe são fiéis. Agir assim é até praticar a caridade porque incita as
pessoas a serem agressivas e voluntariosas na busca do que lhes convém. O
mercado é justo e os competentes são merecedores de sua riqueza e vivem
contentes porque são competentes e vivem em estado de qualidade total. A
riqueza e o consumo consequente são fruto do mérito pessoal e recompensa pela
garra. Fora da competição não há salvação. É o novo evangelho. Não há espaço
para segundos lugares. Quem não faz poeira, como poeira.
Ao ser acusado de antiético em seus procedimentos, um diretor
artístico afirmou: “Infelizmente a gente vive num mundo capitalista. Prefiro
ser chamado de antiético do que de incompetenteâ€.
Certa vez ao realizar um encontro, alguém pára ao meu lado,
pega o celular, “liga†para alguém e as gargalhadas diz: “cara não tem quase
ninguém aqui. Está vazioâ€. Eu não conseguia acreditar que aquele rapaz tinha se
dado ao trabalho de se arrumar, sair de cada apenas para isso e a razão do seu
comportamento era porque alguém que para seus valores pessoais eram alguém
muito importante, tinha anunciado várias vezes aquele encontro, convocando as
pessoas para que estivessem presentes.
O elemento central desta sociedade adoecida é a realização de
ações individuais motivadas por aquilo que eles chamam de competência. O
problema é que a competência se nega a si mesma já que os indivíduos devem
competir entre si para vencer-se, ou seja, para conseguir que a competência
deixe de existir. No eterno jogo da competência atual vale tudo, desde a
espionagem industrial até as traições pessoais, passando pelas deslealdades
grupais, as renuncias às causas nobres, as chantagens políticas e a cooptação
de colarinho branco e gravata de seda.
Os fariseus estavam sempre querendo competir com Jesus. Mas
Ele não foi enviado para tal. Nós não fomos vocacionados para competir. Os
fariseus não tinham aquilo que Jesus tinha porque se negaram a isso.
Qualidade total não é uma questão de competência de métodos
de gestão. A qualidade vai além. A máfia é competente, os traficantes são
competentes, os corruptos e os corruptores são competentes. A grande pergunta é
sempre a mesma: qualidade total para quem e contra quem? Competência para quem
e contra quem?
Hoje, na sociedade mundial e brasileira, há uma síndrome de
avaliação. Pessoas são classificadas, instituições são classificadas. Qual o
critério para esta classificação? Premiar os “melhores†e castigar os “pioresâ€?
Melhores para quem? Piores para quem? Os
melhores recebem incentivos, os piores recebem recriminação. Onde estão os
melhores? Onde estão os piores? ´
Quando pensamos no sujeito que se encontra a margem, no meio
fio, sua situação é uma questão de competência ou uma questão de oportunidade?
Existem avaliações que são importantes, mas não se pode
esquecer que ela é feita sempre a partir de um ponto de vista. Trabalhamos para
que tudo aconteça de acordo com a vontade do Pai e não a nossa e isto nada tem a
ver com ser mais espiritual do que os outros, mais santos do que os outros, mas
eu aprendi que existem tentações que nos espreitam na hora de “noite escura†e
de alienados e alienantes: a tentação de renunciar à memória e a tentação de
renunciar à esperança.
Um cristão com uma forte mística de misericórdia alimenta em
si uma grande esperança. Há uma realidade imaginada, positiva e possível, que não
tem pleno lugar ainda na história e que se torna, por isso, princípio motor de
ação em vista de sua realização. Sem esperança todo trabalho se transforma em
mera socialização. O Evangelho abre horizontes. A mística que se alimenta da
esperança alimenta razões para viver e para sonhar. É possível viver um
evangelho plural, solidário, que ensina a pensar, prazerosa e criativa, que
respeita os diferentes ritmos das pessoas, que desenvolve um largo espectro de
inteligência, que não se intimida, corajosa,
que sonha.
Nos encontros tenho conhecido homens e mulheres fantásticos.
Pessoas que renovam o desejo de prosseguir, pessoas que me fazem parar e olhar
para o meio fio e muitas vezes me sentar ao lado naquele que praticamente se
tornou invisível para esta sociedade. Pessoas que me aconselham a não levar
nada “prontoâ€. Pessoas que me fazem cair prostrada e clamar a misericórdia de
Deus e implorar que Ele jamais permita que eu me torne insensível aos
diferentes e que jamais me torne uma “especialistaâ€, pois este não é o meu
lugar.
Não cabe competitividade numa sociedade que geme de carência existencial.
Existem seres humanos em situações tão extremadas, que se não forem atendidos
agora, amanhã já não existirão. As transformações sociais não alcançarão mais a
eles. Existem seres humanos que precisam desenvolver suas capacidades. Todo
esforço formal e informal se faz necessário. Existem seres humanos carentes de
amor libertador. Eles têm direito de vislumbrar dignidade humana para si.
Na competitividade da vida, não se dá direito aos excluídos
de se organizarem para buscar dinamicamente seus direitos.
Falar de mística significa falar de profundidade, de radicalidade:
“Onde está o teu tesouro, aí está teu
coraçãoâ€.
Que as ricas bênçãos do nosso Senhor Jesus Cristo sejam com
cada um de vocês.
Com estima,
Regina Lopes
“O homem de bom senso sabe entender e julgar os fatos da vida, mas a mente do tolo é cheia de ilusões e ele acaba enganando a si mesmo†Pv 14.8.
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