sábado, 11 de dezembro de 2010

[casaiscristaos] Resumo 1913

Existem 4 mensagens sobre este tópico.

Tópicos contidos neste resumo:

1.1. Re: Meu caro amigo...
De: Regina Lopes

2. Respostas àqueles que odeiam o Natal.
De: renato vargens

3. Cronicas de dezembro - dia 09 - SE EU MORRESSE AMANHÃ
De: Pr. Wagner A. de Araújo - IB Boas Nova

4. Cronicas de dezembro - dia 07 - PREGAR - QUE BÊNÇÃO!
De: Pr. Wagner A. de Araújo - IB Boas Nova


Mensagens
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1.1. Re: Meu caro amigo...
Enviado por: "Regina Lopes" regina_braz2003@yahoo.com.br regina_braz2003
Data: Sex, 10 de Dez de 2010 11:25 am

Olá Amicar.

Obrigada pelo carinho. Deus te abençoe com um dia tranquilo.

Abraços,

Regina

 
“O homem de bom senso sabe entender e julgar os fatos da vida, mas a mente do tolo é cheia de ilusões e ele acaba enganando a si mesmo” Pv 14.8.
    http://reginabrazlopes.blog.uol.com.br/http://brazlopes.blogspot.com/

--- Em qui, 9/12/10, Amilcar Luconi <a.luconi@yahoo.com.br> escreveu:

De: Amilcar Luconi <a.luconi@yahoo.com.br>
Assunto: Re: [casaiscristaos] Meu caro amigo...
Para: casaiscristaos@yahoogrupos.com.br
Data: Quinta-feira, 9 de Dezembro de 2010, 8:38


 





Belíssimo poema, obrigado.
Tenhas um ótimo e abençoado dia.
 
grande abraço.


--- Em qui, 9/12/10, Regina Lopes <regina_braz2003@yahoo.com.br> escreveu:


De: Regina Lopes <regina_braz2003@yahoo.com.br>
Assunto: [casaiscristaos] Meu caro amigo...
Para: adoradores_jesus_cristo@yahoogrupos.com.br, "Adultos 1" <adultos1@yahoogrupos.com.br>, "Aguas de Descanso" <aguas_de_descanso@yahoogrupos.com.br>, "AMIGAS ON LINE" <amigas_online@yahoogrupos.com.br>, "Amigos Evangélicos" <aaamigosevangelicosaa@groups.msn.com>, "Amor Em Cristo" <amoremcristo@yahoogrupos.com.br>, "Casais Cristãos" <casaiscristaos@yahoogrupos.com.br>, "Cristianismo Livre" <cristianismolivre@yahoogrupos.com.br>, "Descoberta diaria" <descobertadiaria@grupos.com.br>, "Desperta Debora" <deboras@grupos.com.br>, "Desperta Debora" <despertadeborrarecife@gmail.com>, "Desperta Débora" <despertadeboranacional@yahoogrupos.com.br>, "Diante do Trono"
<diante-do-trono@yahoogrupos.com.br>, "ELOHIM ESTUDOS" <elohimestudos@yahoogrupos.com.br>
Data: Quinta-feira, 9 de Dezembro de 2010, 6:35


 

Meu caro amigo...

 
Meu amigo segreda motivos que não cabem nos conceitos das palavras, mas extrapolam a grafia porque pertence a algo que não sei dar nome. Chega quando não espero e quebra a sequencia do meu cotidiano.
Floresce diante de meus olhos, assim como o ipê desafia as regras do inverno e se reveste de flores.
Tuas palavras musicaram meu coração. A trilha sonora fez com que as palavras ditas se misturassem às palavras recordadas.
O que há de mais precioso nesta vida costuma ser vivido e experimentado a partir do silêncio frutuoso. Carlos Drummond de Andrade, o poeta mineiro, recomendava que, antes de escrever os poemas, é preciso conviver com eles.
Ele insinuava que antes do nascer da palavra há sempre um sabor de silêncio que precisa ser sorvido.
Creio que o poeta tinha razão. A boa palavra se alimenta de silêncios e pausas. Um grande poema costuma nascer de profundas e fecundas experiências de contemplação da realidade. O poeta, ao enxergar o silêncio do ainda não dito, diante dele se prostra e o experimenta, e somente depois o reveste de palavras.
Tuas perguntas buscam unir as pontas da corda que amarra a vida e a sustenta de sentido.
Há acontecimentos que nos fazem mergulhar no absurdo da existência. O absurdo é a ausência  de sentido. É o momento da vida em que a alma se sente penetrada e transpassada por uma dor lancinante. É o momento do desespero que experimenta a humanidade em suas dimensões mais venturosas.
Tu és porque não foge dos absurdos do mundo. Dele faz poesia qualificada. A alma transliterada me faz mergulhar nos recônditos de uma mulher que não vive por acaso.
A palavra em tua boca â€" a dor transmudada, redimida, purificada nos calvários da escrita que o ofício poético lhe reservou tem o poder de me devolver a apetência do sonho.
Tu me encorajas a enxergar as belezas que se escondem nas tristezas.
Tenho contemplado de perto os calvários da humanidade. Mulheres com filhos mortos nos braços, meninas com o grito sufocado no olhar.
Mais uma vez me recordo de Drummond e de seu sábio conselho: “Convive com os teus poemas antes escrevê-los”.
Há acontecimentos que não combinam com explicações. E, mesmo que explicações existissem, não seriam capazes de aplacar a dor que provocaram. Nem sempre os claros e objetivos postulados da razão cartesiana conseguem resolver as questões humanas. Saber o porquê não sana nem preenche a ausência sentida.
Tenho constatado que o discurso, quando mal aplicado, pode ser tão nocivo quanto o discurso desumano dos assassinos.
Escuto absurdos daquelas que chegam ao hospital perdendo seus bebês, quando pessoas movidas por boas intenções resolvem explicar a fatalidade de carregar no ventre aquele que será vacuoaspirado devido ao câncer que se desenvolve junto ao feto.
Frases simplórias e descomprometidas com a verdade não resolvem: ao contrário, agravam ainda mais o sofrimento, porque geram orfandade, descrença e abandono.
Eu ainda entendo a prática psicológica de outra forma. Ainda prefiro o abraço solidário, o silêncio que nos permite proximidade e o comprometimento com a dor que me toca. Ainda prefiro sentir o vento frio do calvário a procurar o aquecimento mórbido do sepulcro que nos cala antes da hora.
A psicologia  para mim é o passaporte para ensinar aquelas mulheres a plantarem flores ao invés de chorarem sobre as pedras. Diante do sobrado demolido se pode escrever o poema, pois as palavras podem resguardar o significado de tudo o que as pedras insistem em sepultar.
Diante da ausência sentida, da saudade podemos intuir e proclamar: “Ele está no meio de nós!”
Meu caro amigo, o grito nasce do reconhecimento da transformação acontecida. Não somos mais os mesmos. O sobrado crístico já está erguido em nossas almas.
A declaração cristã “Ele está no meio de nós!” nos assegura a continuidade do plantio das flores. Onde existir um ser humano comprometido com as palavras e a proposta de Jesus, lá Ele estará presente. Isso não é lindo, meu amigo?
Teihard de Chardin, teólogo jesuíta, chamava isso de “cristificação do universo”. Esta mística nos permite uma aproximação ainda mais interessante.
Meu bem, a esperança cristã é sempre operante, porque nos mobiliza a atualizar no tempo a  presença do esperado. Com isso, podemos saborear a espera. Ao socorrer os necessitados, podemos antecipar a volta de Jesus. Ao consolar o coração de uma mulher que perdeu um filho, e com ela sendo solidários, podemos dar início ao processo de sua cura. Isto é deitar a toalha branca sobre o altar do coração humano, reconhecendo nele a dor que precisa ser redimida, e elevá-lo, em prece, aos céus. É a ausência humana sendo curada através da presença comprometida, movida por uma esperança operante, que encontra motivos para continuar na celebração sacramental que nasceu da ausência sentida.
Teu amor, meu amigo, me socorre no esquecimento. Retira o poder definitivo da lápide, sobrevive na continuidade do que plantamos. Por isso a ausência é lugar de encontro. Basta exercer a força da visão Poética, a via que costuma salvar o mundo de seus desesperos e ruínas.
Permanecemos unidos. Nesta mística, neste tempo, neste mesmo sobrado que os sábios chamam de amizade e que nos ajuda a enfrentar os medos que sentimos.
Com meu amor,
Regina Lopes
 


“O homem de bom senso sabe entender e julgar os fatos da vida, mas a mente do tolo é cheia de ilusões e ele acaba enganando a si mesmo” Pv 14.8.
 
 

 
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2. Respostas àqueles que odeiam o Natal.
Enviado por: "renato vargens" artigospastorais@gmail.com renatogvargens
Data: Sex, 10 de Dez de 2010 11:25 am


Respostas àqueles que odeiam o Natal.

http://renatovargens.blogspot.com/2010/12/respostas-aqueles-que-odeiam-o-natal.html
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Pr. Renato Vargens

www.renatovargens.com.br


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3. Cronicas de dezembro - dia 09 - SE EU MORRESSE AMANHÃ
Enviado por: "Pr. Wagner A. de Araújo - IB Boas Nova" bnovas@uol.com.br wagnergrupos
Data: Sex, 10 de Dez de 2010 2:28 pm

REPUBLICAÇÃO DA SÉRIE
"CRÔNICAS DE DEZEMBRO", 2001
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SE EU MORRESSE AMANHÃ
Se eu morresse amanhã, gostaria de fazer do dia de hoje o mais feliz de minha vida. Gostaria de rever todos os meus amigos, todos os meus irmãos em Cristo, e conversar demoradamente com cada um. Gostaria de passar bons momentos com minha mãe, conversar bastante com meu irmão, cunhada e irmã adotiva, e viver romanticamente um maravilhoso jantar com minha namorada.

Se eu morresse amanhã, gostaria de gastar grande parte do dia semeando as boas-novas do Evangelho. Gostaria de sair com um pacote de folhetos na mão, distribuindo-os pelas casas, nas esquinas, nos bares e aglomerações humanas. Gostaria de dizer aos meus parentes tudo quanto Jesus fez em meu coração, perdoando-me, salvando-me, transformando-me e incumbindo-me de levar as boas notícias do amor de Deus em Cristo. Gostaria de pregar ao ar-livre uma mensagem bíblica, evangelística, repleta de emoção e autoridade espirituais. Gostaria de dizer a todo o mundo que sou um crente!

Se eu morresse amanhã, passaria grande parte do dia orando. Mas não seria uma oração morta, uma reza. Seria um autêntico e fervoroso encontro com Deus. Diria ao Senhor o quanto eu o amo, o quando eu o glorifico por tudo o que fez e por tudo o que planejou para o futuro. Confessaria todos os meus pecados ocultos, arrepender-me-ia de cada um deles, e pediria ao Senhor que me aceitasse assim mesmo, de mãos vazias. Comprometer-me-ia em dar o melhor de mim nestas horas derradeiras, vivendo plenamente minha nova vida em Cristo. Oraria pela conversão dos meus amigos, parentes e desconhecidos. Clamaria a Deus pelo Brasil, para que Ele curasse esta ferida nacional que não sara, que faz o nosso povo sofrer tanto. Suplicaria pela conversão de cada concidadão, pediria para que o Evangelho se alastrasse de norte a sul, transformando o país numa autêntica nação cristã.

Se eu morresse amanhã, cantaria todos os hinos que conheço. Ainda que ninguém tocasse p'ra mim, cantaria à capela mesmo, sem música. Cantaria os hinos dos hinários cristãos, corinhos jovens, hinos de coral, músicas de programas evangélicos que aprendi no rádio, cantaria com toda a minha voz, pelas ruas e pelas praças. Cantaria sem me envergonhar. Ouviria todos os meus discos cristãos, ouviria cultos antigos que gravei ao longo da vida. Escolheria três pregações e as ouviria novamente.

Se eu morresse amanhã, não ficaria esperando a morte dormindo. Não deitaria num leito mórbido, aguardando a hora derradeira. Teria certeza de que meu Senhor me aguardaria na outra margem do Rio Jordão, além da morte. Ficaria servindo ao meu Senhor até o final. Fosse pregando, fosse orando, fosse evangelizando, fosse cantando, fosse visitando, fosse mantendo comunhão com os irmãos, gostaria de morrer servindo-o. Se assim fosse morreria feliz. Feliz porque teria certeza de minha salvação, pois minha vida foi entregue exclusivamente a Jesus Cristo, desde o dia em que me converti a Ele.

Se VOCÊ morresse amanhã, o que faria? Ficaria desesperado? Correria freneticamente sem parar? Cuidaria para gastar todo o seu dinheiro, não deixando nada para a família? Acertaria a conta com os seus credores? Cobraria os devedores? Se submeteria a qualquer ritual que lhe desse alguma expectativa de viver um pouco mais? Contaria cada segundo, cada minuto, com o coração na mão, aterrorizado com a foice que a morte logo traria, para ceifá-lo deste mundo para sempre?

EU e VOCÊ morreremos algum dia. Porém eu morrerei feliz, pois Jesus Cristo me salvou, através de sua morte na cruz. A dívida que Deus me cobraria no além foi paga por Cristo em Sua morte. Quando eu chegar até Deus, Jesus mostrará ao Pai a conta paga e me conduzirá ao céu, ao Paraíso, à Nova Jerusalém. Tal perdão eu ganhei no dia em que confessei meu pecado ao Salvador e implorei o seu perdão e amor. Cri em Sua palavra, aceitei-o como Senhor e Rei de minha vida, e hoje vivo para Ele, para o Seu louvor. Se você confessar os seus pecados à Ele, reconhecendo-se incapaz de salvar-se, e implorar o perdão de Deus, Ele com prazer irá salvá-lo. Disse Jesus: "Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei". (Mateus 11.28).

Eu não sou melhor do que você. Não mereço outro lugar senão a eterna separação de Deus, pois sou um pecador, como você também o é. A Bíblia diz que todos somos pecadores (Romanos 3.23). Mas assim como eu confiei em Cristo e lhe dei a minha vida, você também poderá fazê-lo neste instante, esteja onde estiver. Ele disse certa feita: "Na verdade, na verdade vos digo que, quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em juízo, mas passou da morte para a vida". (João 5.24). Não há outro remédio, nem outro caminho. "Eu (Jesus) sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim". (João 14.6).

Não espere amanhã para começar a viver melhor. Entregue-se a Cristo e viva feliz hoje, com perspectiva de uma eternidade feliz e realizada. Você pode. Faça-o. Que Deus o abençoe. Amém.

Pr. Wagner Antonio de Araújo

Igreja Batista Boas Novas, Osasco, SP


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4. Cronicas de dezembro - dia 07 - PREGAR - QUE BÊNÇÃO!
Enviado por: "Pr. Wagner A. de Araújo - IB Boas Nova" bnovas@uol.com.br wagnergrupos
Data: Sex, 10 de Dez de 2010 2:28 pm

REPUBLICAÇÃO DA SÉRIE
"CRÔNICAS DE DEZEMBRO", 2001
=====


Pregar - que bênção! Que responsabilidade! Fui agraciado pelo Senhor com várias oportunidades nesta semana, e mais três sermões me aguardam, dois dificílimos, pois estou expondo o livro de Apocalipse, um capítulo por vez. Para cada capítulo pregado, várias horas de estudo, oração e súplicas. Confesso que me sinto pequeno para tão grande obra. Muitas vezes eu gostaria de estar sentado num dos bancos, quietinho, fazendo a minha devoção pessoal, adorando ao meu Deus, a quem tanto amo e de quem tanto falo.

Às vezes o auditório nos deixa um pouco entristecidos. Tenho que reconhecer isso. Preparamo-nos para pregar e aguardamos um bom número de pessoas, mas, quando chega a hora da atividade, não contamos com uma presença maciça. Nesta semana foi assim. Na terça-feira preguei às senhoras no encontro semanal das Mulheres Cristãs em Ação. São cerca de 40 senhoras, mas apenas 7 estavam presentes, com mais duas visitantes. À noite preguei sobre Apocalipse 13. Talvez o auditório tivesse umas 20 pessoas. Na quarta-feira tínhamos umas 60 pessoas, e hoje à noite novamente umas 20. E o que fazer quando temos um auditório pequeno? Entristecer-nos? Pregar algo mais "light", menos rebuscado, mais simples e rápido? Ah, leitor amigo, "enganoso é o coração do homem, mais do que todas as coisas". Somos falhos, somos pecadores, e no coração do pregador aparecem resquícios de mágoa.

A vaidade humana é terrível. Somos tentados a pensar muitas coisas. O velho homem nos diz: "Reclame! Afinal, não é um auditório suficiente! Poderia haver mais gente! Eles não querem te ouvir! Você está perdendo tempo nesta igreja!". São as tentações dos pregadores - jactância, soberba, orgulho, auto-engrandecimento, raiz de amargura. Quem é pregador constante, e é ministro do Evangelho, sabe do que falo.

Nessas horas nos lembramos de grandes oportunidades que tivemos para servir ao Senhor num púlpito, assim como os músicos se recordam de grandes noites de louvor, ou os esportistas de inesquecíveis partidas. Sim, passei a lembrar-me de momentos marcados em minha alma, cultos célebres. Deus foi muito gracioso para comigo ao longo dos anos. Pude pregar em New York, Alabama, North Carolina, cerca de 20 igrejas americanas, umas pequenas, outras gigantescas, com auditórios imensos. Pude falar na Argentina, no Espírito Santo, Rio, Minas, Paraná, Santa Catarina, e no interior de São Paulo. Ah, como tenho lembranças! E uma das coisas mais gostosas e gratificantes é quando reencontramos alguém que esteve presente em uma de nossas pregações, que se recorda do que ouviu, provando que realmente prestou atenção e que o Espírito Santo nos usou. Há alguns dias um irmão esboçou oralmente uma pregação que fiz na Igreja Batista de Munhoz Júnior, em Osasco, há 9 anos atrás, e em sua memória estava tão viva como se eu tivesse pregado ontem!

Mas todo pregador tem um começo, e o meu foi num lugar rude e pobre, o CETREN de São Paulo, onde os mendigos acotovelavam-se, esperando um prato de comida e ouviam a mensagem. Aliás, não foi uma nem duas vezes que lá preguei. Lá foi a minha escola, o meu seminário de dois anos! Dominicalmente nossa igreja fazia uma tarde evangelística nesse local. Sempre encontrávamos umas 200 pessoas presentes. Ali eu preguei minha primeira mensagem: Salmos 37.5. Demorei 2,5 minutos! E a palavra de incentivo do irmão Sebastião, dirigente, me animou e me fez caminhar o resto do caminho. Eu tinha na ocasião, 14 anos, e foi com essa idade que assumi o púlpito da Igreja Batista de Sumarezinho pela primeira vez, tremendo, nervoso, ansioso, suando frio, com um terno emprestado do meu pai. Daí para frente não parei mais. O Senhor me chamou para isso. Bendito seja o nome dEle por isto!

No CETREN enfrentávamos o Diabo face a face. Pessoas perdidas caiam endemoninhadas na nossa frente. Nunca, absolutamente nunca, um endemoninhado continuava possuído. Sempre havia decisões ao lado de Cristo após o apelo que fazíamos. Todo domingo tínhamos 20, 50, 70 decisões. Era glorioso! Não medíamos tempo, esforços ou distâncias. Tudo fazíamos para agradar ao nosso Senhor. E ali aprendi o que significa ir até o mundo perdido "proclamar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz". Quando o Senhor chama alguém, Ele coloca na sua mente, no seu sangue, nos seus planos, no seu tudo, a importância de ser um porta-voz dos ensinos bíblicos, um instrumento do Senhor. E não somos dignos de tamanha responsabilidade, mas nos colocamos à disposição de Deus, para que Ele nos use.

Antigamente, quando subia ao púlpito e contemplava um auditório pequeno, eu me entristecia muito. Passava o culto todo com a fisionomia triste e assim era a minha mensagem. Várias pessoas perguntavam o que estava acontecendo, e quase sempre eu influenciava o ambiente, tornando-o melancólico. Um dia, porém, com os joelhos dobrados, orei ao Senhor, pedindo-lhe que me ajudasse, pois eu ficava triste, sentia-me desprezado ou desvalorizado, pois as pessoas não faziam questão de me ouvir. Foi então que o Espírito Santo tocou em meu coração com uma frase que nunca mais irei esquecer: "perde quem falta". Sim, ali estava a resposta: o problema era deles, dos que faltavam. Ao invés de ficar triste pelos que não vieram, eu deveria ficar feliz pelos que estavam presentes! Ah, como foi maravilhosa essa iluminação do Espírito Santo em minha mente! Passei a alegrar-me no Senhor com muitos ou com poucos, e as coisas mudaram radicalmente! Eu não tinha o direito de punir os presentes, em nome dos ausentes. Os faltosos que se auto-examinassem e mudassem de atitude. Nós, os participantes, iríamos continuar com eles ou sem eles. E assim nunca mais deixei a tristeza tomar conta do meu coração. E mais: quem era eu para querer que pessoas viessem me ouvir? Apenas um servo, e nada mais. Não pode haver lugar para o auto-engrandecimento. Um pregador que se preza deve lembrar a máxima de um autêntico porta-voz do Evangelho: "importa que Cristo cresça e que eu diminua".

A Igreja Batista Boas Novas de Osasco, com seus 92 membros, é o meu mundo. Nunca me esqueço de um pastor que, ao pregar, lembrou-se de um caso acontecido numa pequena cidade americana, onde um famoso evangelista foi até uma cidadezinha pregar. Havia 700 pessoas no lugarejo. Havia um serviço de auto-falantes e o pastor convidou O MUNDO INTEIRO para ouvir o pregador. O evangelista achou graça, mas o pastor disse: "Para você o mundo inteiro é bem grande, mas para a obra que Deus me incumbiu o mundo inteiro é aqui. Neste lugar o Senhor irá avaliar o meu amor por Ele, e para eles eu sou o evangelista que eles têm. Aqui é o meu mundo inteiro". Não importa se somos incumbidos pelo Senhor a ocupar um lugar de destaque ou ficar num obscuro lugar. O melhor lugar para se estar é no centro da vontade de Deus.

E eu amo a minha igreja. Se me preparo, me preparo para servi-los. Se oro, oro para ministrar-lhes do amor de Deus. Se trabalho, faço-o no afã de vê-los amadurecendo no Senhor. Se evangelizo, desejo que muitos pecadores se convertam ali, num crescimento correto daquela igreja. E o meu Deus cobrará do meu púlpito a integridade da palavra pregada.

Peço a Deus que me conceda humildade a cada dia, para não me considerar nada mais do que um servidor do Senhor, ânimo para pregar mesmo quando os tempos não são tão calmos quanto gostaria que fossem, integridade, para que não haja incoerência entre a mensagem pregada e a mensagem vivida, e poder do Espírito Santo, sem o qual serei um orador, um declamador, um falador, mas nunca um pregador do Evangelho.

Que Deus me ajude.

Obrigado por ler-me.

Pr. Wagner Antonio de Araújo.

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